Crítica - O Ritual (The Rite)

Antes que comece a ler, fique sabendo que o texto não contém spoiler - revelações sobre o enredo -.

 

Ano: 2010

Duração: 114 mins

Título Original: The Rite

Diretor: Mikael Håfström

Elenco: Anthony Hopkins, Alice Braga, Rutger Hauer, Colin O'Donoghue

Produção: Beau Flynn e Tripp Vinson

Sinopse: Michael Kovak (Colin O’Donoghue) é um cético seminarista que foi orientado a passar um período no vaticano. Uma vez lá, Kovak irá estudar os rituais de exorcismo, algo que acredita ser apenas uma doença. Atravéz da jornalista Angeline (Alice Braga), ele passa a conhecer um pouco mais da história de Padre Lucas Trevant (Anthony Hopkins), um exorcista famoso que lhe apresentará o lado mais misterioso e obscuro da igreja. História baseada em fatos reais.

A começar pelo elenco, só tem elite. Anthony Hopkins, sem puxar sardinha, é um dos melhores atores atualmente. Atualmente está ganhando um destaque maior por participar de mais filmes comerciais. O papel dele nesse filme foi sensacional, ele conseguiu nos passar o que o Padre Lucas quis dizer; aquela imagem de um velho senhor muito experiente e subestimado por Kovak. Colin também não ficou de lado, com uma atuação quase impecável, achei que faltaram mais expressões faciais naquele rosto; se bem que ele é um cético, não há muito o que se esperar. O papel da Alice Braga eu nem falo, ela é demais, foi demais.

O roteiro, foi muito bem escrito. Achei que o começo poderia ter sido um pouco mais óbvio, deveria ter detalhado melhor o início, em vez de mostrar fatos diferentes subentendedidos. De qualquer forma foi um bom trabalho feito.

Ambiente, iluminação, falas; todas bem articuladas, bem desenhados, bem feitas, foi tudo como um toque de anjo. O filme é um suspense de drama psicológico, o ar da trilha sonora deixou ele com cara de terror, assim pondo mais medo em quem vai assistir. Tenho que adimitir que levei vários sustos, sustos realmente incríveis. Eu não costumo me assustar tão fácil, mas fiquei impressionado com as cenas de suspense. Por ter sido um filme baseado em fatos reais, acho que isso me deixou paranoico. A película é sensacional, desde que você tenha assistido a versão sem problemas; pois antes do filme ser distribuído no Brasil, foi feito com falha, o que ocasionou na perda de áudio em alguns milésimos do filme. O áudio partia-se, trazendo um multiband equalizado no canal de áudio.

Se tu assistiu numa sala com um dolby avacalhado que nem eu, deve ter percebido os efeitos sonoros em falas nas cenas de exorcismo.

- Michael, você acredita em mim?

Michael dizia: - Sim

As vozes ao redor da sala, espalhadas pelo dolby sussurravam: Não, sim, talvez, é...

O FXsound foi realmente impecável.

O final, não foi nada além do que eu esperava. Em seu final, traz um espetáculo de enredo, exatamente como foi proposto desde o início.

Esse não é um filme com cabeças girando, sopa de ervilhas. Diz Alice Braga em uma entrevista ao G1.

Sem dúvidas, um dos melhores filmes do ano na minha opinião.

Nota do Blog: 10

Selo: Fuckin' Insane Movie.

E tu, o que achou?