Até onde um fã vai

Achei esse post na internet, e enviei um email sobre sua reprodução aqui no blog. É bem interessante o post. A pergunta é, até onde você iria por um ídolo?

"Fui pisoteada na tarde de autógrafos do RBD, quase quebrei a perna, mas iria de novo. Faço tudo para estar perto deles. Sou mais apaixonada pelo RBD do que jamais fui por um garoto", conta, orgulhosa, Jéssica Santos de Faria, 16 anos, que estava no evento do grupo mexicano no último dia 4, em São Paulo, quando três pessoas morreram e outras 40 ficaram machucadas.

Engana-se quem pensa que fanatismo é coisa de adolescente. Tem gente bem grandinha capaz de fazer tudo por um ídolo. Fábio Levi, 26 anos, estudante do 6º ano de Farmácia da USP (Universidade de São Paulo), virou a noite de domingo, 15 de janeiro, para segunda-feira, 16, na fila para garantir a compra do ingresso para o show do U2, em um supermercado da capital paulista. Mesmo chegando tão cedo, passou 14 horas na fila até conseguir alcançar a bilheteria. Sem estresse. Achou divertido. "Sou fã deles há 12 anos, precisava ter certeza de que são de carne e osso. E tinha medo de a banda acabar e eu nunca tê-los visto ao vivo. Também foi bom ver que não sou louco sozinho, tem um monte de fanáticos como eu", explica Fábio.

Mas ele não faria isso só pelo U2. Também é fanático por Dave Matthews Band. "Já gastei muito dinheiro com CDs e DVDs importados deles. Tenho todos, e já fiquei dias baixando lançamento oficial no formato digital (MP3) pela Internet, sem parar nem para dormir (porque senão o tempo de download expirava). Já perdi aulas e faltei no estágio para ver bandas cover da Dave Matthews", conta.

Nathalie Colas, 27 anos - que ficou 12 horas na fila do U2 -, em 2004 torrou seu dinheiro para passar um dia em Seatle, nos Estados Unidos, só para assistir a um show da Dave Matthews Band. Há três anos ela trabalha voluntariamente traduzindo letras e fazendo clipping de notícias no site da banda diariamente. "Além de eu amar o som, me identificar com as letras, acho o vocalista o homem ideal. Me casaria com ele", diz.

Afinal, tanta devoção assim, é normal? "Ter ídolos na adolescência é fundamental", afirma Marcos Mercadante, professor-adjunto de Psicologia da Universidade Mackenzie. Isso acontece porque o adolescente ainda não sabe quem é, está tentando encontrar uma referência exterior à família na qual possa se espelhar. "Um ídolo é alguém em quem projetamos o que gostaríamos de ser. Marca a passagem da infância para a adolescência, momento em que estamos moldando a nossa individualidade", explica Miguel Perozza, professor de Psicologia da Adolescência da PUC-SP. (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

Há também uma explicação neurobiológica para a adoração exagerada. Segundo Mercadante, nesse período da vida, o hormônio oxitocina, que reforça o caráter obssessivo, está no pico. "Por isso, tudo é intenso nessa fase: as paixões são arrebatadoras, tanto entre namorados quanto com os ídolos", explica. Com o tempo, a tendência é que a fixação vá diminuindo. Caso contrário... tem algum problema aí.

Por: Bárbara Semerene

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3 comentários:

  1. Eu tenho uma cueca autografada pelo Bono'-'

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  2. Bem tenso isso. Eu nunca fui aficcionado por ninguém na minha juventude... Isso varia. KKK

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  3. Bem legal, eu fui aficcionado por Menudos, na minha época.

    Abraços.

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